PDAs e Terminais: entenda as diferenças e principais características

PDAs e terminais

Escolher entre PDAs ou um Terminais e entender as diferenças de usabilidade entre eles é uma das grandes dificuldades na hora da compra de equipamentos para automação. Dentre algumas atividades que podem ser automatizadas pelo uso de computadores móveis são: gerenciamento de inventário; projeção e planejamento de estoque; separação e controle de estoque; conferência de entrada e saída de itens; registro de perdas e avarias; controle de qualidade; alimentação e gerenciamento de KPIs; elaboração de relatórios; identificação de mercadorias; rastreamento de ativos; acompanhamento de procedimentos e etc.

Essas características são comuns dentre tantas opções de computadores móveis no mercado, portanto, devido à vasta gama de aplicabilidade, normalmente, na hora de decidir qual dispositivo comprar, surge a dúvida de qual o melhor para cada aplicação.

Abordaremos em breve o comparativo entre os PDAs (Personal Digital Assistants) e os terminais, conhecido também como coletores ou PDTs (Portable Data Terminal). Originalmente, os PDAs se distinguiam dos terminais com mais facilidade, porém, com o avanço da tecnologia, esses dois dispositivos têm se tornado cada vez mais parecidos, o que, apesar de ser um ponto positivo na questão de versatilidade e abrangência de operação, torna a decisão de qual produto comprar ainda mais difícil.

Coletor de dados e terminais são os mesmos produtos?

Inicialmente, os terminais eram conhecidos como coletores de dados em “batchs”, já que, a atualização de informação não era em tempo real: os dados coletados eram armazenados na memória interna do dispositivo e depois, em intervalos de tempo, via cabo, os dados eram transmitidos à estação de trabalho para que os dados fossem lidos através de um software.

Ademais, os terminais foram projetados de forma robusta para atender operações de ambientes hostis e, por isso, já foram feitos pensando na boa resistência a quedas.

Em contrapartida, os PDAs foram projetados como computadores, com o desafio de tê-lo em pequeno porte para ser facilmente portado. Sendo assim, não eram produtos de alta resistência nem com processadores de alto desempenho, mas um produto leve e delicado focado em sua portabilidade. Dessa forma, era indicado para quando houvesse necessidade de sair da aplicação local e, por isso, já foram projetados para resistir poeira e água (índices IP maiores), mas não contavam com a ergonomia nem com o processador dos terminais.

Vamos falar dos PDAs?

A partir da evolução dos dois produtos, eles se tornaram muito similares. De forma geral, os PDAs conseguiram expandir mercado para áreas de atuação que eram somente dos terminais, uma vez que tornaram-se mais ergonômicos, robustos e resistentes, além da melhoria de processadores. Portanto, atualmente dizer que um terminal é melhor que um PDA em nível de processador e resistência não é mais verdade – há inclusive modelos de PDAs com índices de selagem e vedação (IP) maiores do que alguns terminais comuns. Portanto, mesmo que uma operação estivesse acostumada a utilizar um terminal, ela poderá migrar para o PDA sem grande impacto ou vice-versa, devido à proximidade entre os dois dispositivos móveis. Atualmente, a diferença estará em particularidades da aplicação do cliente: o comparativo entre a aplicação médica e o gerenciamento de warehouse exemplifica a diferença.

Pela leitura da pulseira com o PDA, o profissional da saúde consegue ter acesso ao prontuário do cliente com todas as informações necessárias sobre ele, facilitando, por exemplo, a identificação de quais medicamentos devem ser aplicados e em qual intervalo de tempo. O uso do PDA contribui para mitigação de erros e melhoria de processo do hospital, o que impacta positivamente na melhoria e rapidez no atendimento.

Neste exemplo, percebe-se que o PDA seria melhor do que o terminal já que a tela maior ajuda na visualização do prontuário; o produto pode ser facilmente portado pelo profissional no bolso de seu avental e é um processo que não necessita de leituras de longa distância. Além disso, é possível acessar ao prontuário do cliente com todas as informações necessárias sobre ele, pelo PDA, sem a necessidade de anotações à mão, otimizando o processo, diminuindo erros e facilitando o trabalho do profissional.

E os terminais?

A imagem acima exemplifica o trabalho de um operador de empilhadeira no momento de realizar o picking de seu processo. A tela do terminal exibirá a lista dos códigos dos produtos que ele deve tirar do estoque, junto ao endereço de procura necessário.

Dessa forma, a operação em seu dispositivo dá continuidade quando ele encontra o produto certo, lendo exatamente o mesmo código de barras apresentado no dispositivo. O benefício do uso do terminal é o mesmo já mencionado para o PDA: produtividade e melhoria de processo.

Nesse caso, o terminal é o mais apropriado para a operação, principalmente pela leitura de longa distância – o operador não precisa descer do veículo para conseguir ler o que ele precisa. Além disso, nesse tipo de aplicação, pode ser mais comum a necessidade de digitar alguns comandos, sendo importante um dispositivo com teclado; e, como a principal função da tela é direcionar o endereço do produto, não há a necessidade de ela ser muito grande. Por fim, nesse tipo de operação, não é um incômodo, por exemplo, não conseguir colocar o dispositivo em um bolso, pois já é comum ter um coldre no veículo para que o terminal seja armazenado, ou seja, o tamanho não é inadequado.

Vamos ao comparativo?

A comparação mostra que a escolha entre o PDAs e o terminais vai depender do que é mais importante para cada aplicação. Por exemplo, o que é mais relevante: a tela grande ou o teclado? A portabilidade ou leitor de alto alcance? Listando os principais pontos a escolha do produto se torna mais fácil. A tabela abaixo resume alguns pontos positivos e negativos de cada dispositivo.

PDAs TERMINAIS
Portabilidade: Fácil de guardar e portar;Tela grande: Mais confortável para visualização;Índices IP: melhores índices de selagem/ vedação;Preço inferior aos terminais;4G GSM: É comum a opção de internet móvel nesse produto;Semelhante aos smartphones: uso mais amigável pela semelhança, familiaridade com o Android, Apps e botões do dispositivo.Tipos de leitor (ALR, LR): Para leitura de longa distância, os terminais têm melhor desempenho;Opções de teclado: Mais confortável para aplicações que necessitem digitação e é possível escolher qual o melhor teclado de uso;Resistente a baixa temperatura: são adequados para uso em câmera fria;Bateria hot-swap: possibilidade de remover a bateria para troca sem que o dispositivo seja reiniciado;Drop Test: melhor desempenho em teste de queda do dispositivo;
Dispositivo não suporta leitores de melhor desempenho para longa distância (ALR, LR);Não é comum haver teclado, e se houver, são teclados reduzidos;Não resistem a baixa temperatura, não podendo ser usado em câmera fria;Menos comum de encontrar produtos com hot-swap, apesar de haver algumas opções no mercado;Drop Test: o desempenho em teste de queda do dispositivo é inferior ao dos terminais.Tamanho: o terminal é maior que o PDA, portanto, é menos amigável de armazenar e portar;Tela: por conter teclado, o display do terminal é menor;Índices IP, de selagem e vedação, inferiores aos PDAs;Preço superior ao PDA;É raro encontrar terminais com a opção de internet móvel, 4G GSM;Produto pode ser menos intuitivo, por não ser semelhante aos smartphones.

Explicando a tabela PDAs x Terminais

Nesta tabela comparativa de pontos positivos e negativos entre PDA e terminal é um bom guia para a escolha do produto mais adequado. Entretanto, vale ressaltar que a comparação levou em consideração os PDAs e terminais de forma geral, ou seja, o que é mais comum de encontrar. Sendo assim, não significa que um ponto positivo de um, não possa ser encontrado no outro. Há no mercado uma vasta variedade dos PDAs e terminais em questão de processador, resistência a queda, selagem e vedação, etc.

Então, apesar de, por exemplo, o drop test ter sido mencionado como uma vantagem do terminal em relação ao PDA, não significa que todo terminal vai ser melhor que um PDA nesse quesito – há modelos de PDA no mercado com ótimo desempenho em drop test como forte característica de concorrência frente a vários terminais. Ou o contrário, apesar de ser mais comumente encontrado em PDAs, há terminais com alto índice IP, indicando alto desempenho em selagem e vedação.

Ou seja, além de os produtos estarem muito semelhante atualmente, a variedade de características técnicas faz com que o mercado de atuação entre os dois produtos convirjam ainda mais. Por isso, é muito importante avaliar qual característica é relevante para o seu negócio e verificar se o produto em mente suprirá essa necessidade, apesar das vantagens e desvantagens listadas, elas não serão regra fixa para determinar a escolha.

PDAs ou terminais? Um equipamento para cada operação

Por fim, considerando as principais características dos dois produtos, é possível concluir que, atualmente, se a sua operação necessita de teclado e leituras de longo alcance, ou de atuação em baixas temperaturas, o terminal ainda é a melhor opção. Por isso, ele é normalmente utilizado em logística pesada, alguns tipos de varejo e câmera de congelação. Já o PDA tem sido cada vez mais valorizado pela sua versatilidade – dentre alguns exemplos de aplicação estão inventário, serviços de campo, distribuidoras, transportadoras, separação, e-commerce, fábricas, supermercados, farmácias, hospitais etc -, por isso, se as três propriedades mencionadas para o terminal (teclado, leitura de longa distância e câmera fria) não são tão importantes para sua aplicação, muito provavelmente o PDA poderá suprir às suas expectativas.

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