Ao falarmos sobre transformação digital na empresas, dois pensamentos surgem em nossa mente. O primeiro, é que as novas tecnologias têm muito a agregar em todas as áreas de uma organização, inclusive no RH. O segundo é que muitas pessoas perderão o emprego ao serem substituídas por equipamentos tecnológicos.
No entanto, a consultoria Gartner realizou algumas projeções que mostram que a inteligência artificial criará mais vagas do que as extinguirá. Cerca de 2,3 milhões de vagas de emprego serão geradas, enquanto apenas 1,8 serão eliminadas.
Por esse motivo, é de extrema importância que cada vez mais as equipes de RH e os gestores estejam se preparando para conduzir equipes eficientes. “O RH precisa entender as implicações da transformação digital, mas ter em mente que não se trata só de tecnologia. As mudanças dependem fundamentalmente da transformação das pessoas no trabalho”, diz o diretor executivo da FGV, João Lins.
Segundo uma pesquisa do portal VOCÊ RH, 62% das companhias entrevistadas estão investindo em novas práticas de gestão de pessoas.
Várias tecnologias chegam inclusive para agregar muito. Algumas delas são:
- Inteligência artificial: auxiliando no processamento de dados e currículos, e agilizando os processos de recrutamento.
- Analytics e big data: Analisando informações produzidas pelos funcionários no dia a dia, a empresa identifica pontos de atenção e cria práticas específicas.
- Geolocalização: possibilita aos gestores um melhor controle da jornada de trabalho externa da sua equipe, como em visitas a clientes ou home office, por exemplo.
- Metodologias ágeis: reduzem o tempo gasto com reuniões longas e criam maneiras mais rápidas e práticas de resolver as demandas, trazendo um olhar mais humanizado e inovador para as estratégias.
- Aprendizado digital: plataformas e sites que disponibilizam treinamentos online para o desenvolvimento profissional.
Com todos esses recursos que estamos citando, as atividades burocráticas e documentais do setor de recursos humanos passam a ser otimizadas. Dessa forma, o RH tem uma boa parte do seu tempo poupado, podendo gastá-lo com o que mais importa realmente: as pessoas. Sabemos que quando o RH realiza um bom trabalho, ele impacta de forma muito positiva os colaboradores, no âmbito pessoal e profissional, gerando mais engajamento e identificação com a empresa.
É importante que o setor de recursos humanos foque nas competências comportamentais dos colaboradores.
Essa é uma tendência do RH moderno, conhecida como gestão por competências. Com isso é possível com que os gestores identifiquem as soft skills de seus colaboradores por meio de ferramentas, e o RH consiga agir de forma estratégica nas organizações.
“O RH estratégico tem papel essencial no enfrentamento desta crise, ainda mais nos momentos de recuperação e sustentação” diz a consultoria Deloitte. Dirigir a cultura e o propósito da empresa, atuar como conselheiro/orientador e pensar em novos benefícios que auxiliem os colaboradores são algumas das formas que o setor de recursos humanos pode agregar à reestruturação das empresas.
O RH também é responsável por engajar os funcionários pensando em formas de promover tanto o aumento de produtividade dos mesmos, como também o aumento da satisfação em fazer parte da companhia.
Uma análise da Gallup Organization mostrou que empresas com um alto nível de engajamento podem ser até 22% mais lucrativas. Ainda no mesmo estudo, concluiu-se que colaboradores mais engajados têm 81% a mais de chances de se tornarem clientes fiéis às marcas.
Leia mais sobre a transformação digital nas empresas aqui em nosso outro blog post.
